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A "Elite Poluidora" e o Debate Econômico sobre Soluções Climáticas

  • Foto do escritor: Guilherme Haygert
    Guilherme Haygert
  • 25 de abr.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 29 de abr.

Autor: GUILHERME HAYGERT


Introdução

A desigualdade social e as mudanças climáticas possivelmente são questões interligadas, como sugere análise da Comissão de Sustentabilidade de Cambridge, que destaca que o 1% mais rico da população global emite o dobro das emissões de gases de efeito estufa em comparação aos 50% mais pobres. No entanto, é importante considerar as soluções propostas sob uma perspectiva econômica liberal, que enfatiza a eficiência de mercado e a inovação como caminhos para enfrentar os desafios climáticos, ao invés de simplesmente aumentar tributos ou taxar consumidores.


A Concentração de Emissões

1% mais rico: é provável que emitam duas vezes mais carbono do que os 50% mais pobres;


5% mais ricos: possivelmente contribuíram com 37% do crescimento das emissões de carbono entre 1990 e 2015;


10% mais ricos: os indícios apontam que concentraram quase a metade do aumento de emissões nesse período.


Soluções sob uma perspectiva Econômica Liberal

Do ponto de vista do liberalismo econômico, soluções para as mudanças climáticas devem focar em:


  1. Inovação e Tecnologia: Investir em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas que possam reduzir emissões de forma eficiente e sustentável. A inovação é vista como um motor para a transição energética, promovendo soluções que não dependam exclusivamente de regulamentações ou taxações;


  1. Mecanismos de Mercado: Utilizar o mercado de carbono para incentivar a redução de emissões, permitindo que empresas e indivíduos escolham as formas mais eficientes de mitigar seu impacto ambiental. Isso pode incluir o comércio de créditos de carbono, que promove a redução de emissões onde for mais econômico fazê-lo;


  1. Eficiência Econômica: Avaliar o impacto econômico de medidas como taxas sobre passageiros aéreos frequentes, considerando possíveis efeitos adversos sobre o crescimento econômico e a competitividade das empresas. Em vez de tributar diretamente, políticas que incentivem o setor privado a adotar práticas mais sustentáveis podem ser mais eficazes. O mercado de carbono pode ser uma das várias soluções.


Conscientização Individual e Coletiva

Além das abordagens de mercado, a conscientização individual continua a ser importante. Incentivar mudanças de comportamento pode complementar as soluções de mercado, criando uma cultura de sustentabilidade sem a necessidade de imposições fiscais pesadas.


Referências Econômicas

Friedman, M. (1962): "Capitalism and Freedom" - Defende a ideia de que a liberdade econômica é essencial para a liberdade política, sugerindo que soluções de mercado são preferíveis a intervenções governamentais. Evidentemente que o mercado não é perfeito, sendo necessário o Estado intervir quando o mercado não é eficiente.


Nordhaus, W. (1994): "Managing the Global Commons" - Propõe o uso de instrumentos de mercado para lidar com questões ambientais globais, como as mudanças climáticas. Incentivar comportamentos é uma prática que apresenta resultados bons. Uma forma de incentivar comportamentos sustentáveis é recompensar inovações sustentáveis e até mesmo criar mecanismos de financiamentos para inovações sustentáveis.


Conclusão

Embora as mudanças climáticas sejam uma realidade posta na academia, tendo vários artigos científicos mostrando a sua veracidade, a abordagem para enfrentá-las pode variar. Sob uma perspectiva liberal, soluções baseadas em inovação, eficiência de mercado e conscientização individual são preferíveis a aumentos de tributos ou taxações diretas, promovendo um equilíbrio entre crescimento econômico e sustentabilidade ambiental.


Referências

Capitalism and Freedom - Milton Friedman

Managing the Global Commons - William Nordhaus

 
 
 

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